Tiros na Catedral de Campinas
Há exatamente um mês, aconteceu uma tragédia na Catedral Metropolitana de Campinas, quando um atirador abriu fogo contra os fiéis que haviam terminado de assistir a uma missa. Eu fiquei chocado quando li as notícias na internet. Nasci e cresci em Campinas, e trabalhei vários anos na Agência Catedral, do antigo Banco Real, que ficava no largo da Catedral. Me lembro bem que era possível ouvir o badalar dos sinos de dentro da agência e eu, particularmente, gostava muito de ouvir as doze badaladas do grande sino, ao meio-dia!
Neste texto quero usar esse fato lamentável para tratar de um assunto bastante polêmico: a posse de armas de fogo pelo cidadão comum. Como já tratei em textos anteriores, considero o direito de escolha como sendo um dos mais importantes dentro dos direitos humanos. Pessoalmente eu não tenho nenhum interesse em ter uma arma de fogo. Mas defendo veementemente o direito de as pessoas fazerem a escolha de possuir ou não uma arma de fogo em suas residências ou empresas. Sou favorável a posse de armas, mas tenho restrições com relação ao porte de armas pelas pessoas.
Mesmo com essa tragédia, que aconteceu em minha cidade natal, num local que eu frequentei há muitos anos atrás, eu não mudei minha opinião com relação a posse de armas. Até porque, armas não matam pessoas por si mesmas, pessoas matam pessoas usando armas, e quando as pessoas querem matar, matam de qualquer forma. Proibir as armas de fogo não vai fazer com que ninguém mais morra por causa de um tiro. Proibir as armas também não vai fazer com que a criminalidade diminua, já que os bandidos não obtém suas armas pelos meios legais. Permitir que os cidadãos tenham a sua arma de fogo não aumentará de forma relevante, ao meu ver, a taxa de criminalidade. Qualquer cidadão, que obtiver a sua arma legalmente e que venha a cometer um crime com ela, será julgado e punido nos rigores da lei! Os bandidos não terão mais a liberdade de invadir a propriedade alheia para roubar ou ameaçar a vida das pessoas, sem o risco de serem alvejados!
O direito de escolha de ter ou não uma arma deve ser exercido pelo cidadão brasileiro, bem como o direito de autodefesa, de defesa da vida de seus familiares e de defesa de seu patrimônio pessoal. Precisamos que os nossos legisladores formulem as leis que venham a dar o respaldo jurídico ao exercício deste importante direito!
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