As eleições presidenciais de 2018 - Parte 3

Quando descobri que eu era um analfabeto político, a princípio foi um choque! Mas depois, este fato se tornou um motivo para aprender muita coisa nova! Me senti um pouco aliviado ao perceber que eu não era o único analfabeto político no Brasil (embora eu esteja vivendo no Japão) e que todas estas pessoas, assim como eu, estavam ávidas por aprender mais sobre política, sobre o seu funcionamento e, principalmente, sobre o papel do cidadão comum dentro do processo político.

A primeira coisa que fiz, antes de buscar os significados dos termos Conservadorismo, Liberalismo, entre outros, foi definir em que acredito. Não é possível definir nosso posicionamento político se não soubermos quais são os nossos valores pessoais. E, no meu caso, até mesmo isso estava confuso naquele momento, e foi importante fazer esta pergunta a mim mesmo; em quais valores eu acredito?

A busca pela resposta a essa pergunta me lançou direto em um novo caminho, diferente do caminho que eu estava percorrendo. Passei a percorrer um caminho onde o comodismo não tinha lugar. A rotina diária aqui no Japão (e acredito que no Brasil não seja diferente) acaba lançando as pessoas no comodismo, e eu estava muito bem instalado nele, mas fui obrigado a alterar drasticamente a minha postura pessoal a partir do momento que olhei para mim mesmo afim de definir quem eu era dentro do processo político. Se você, que está lendo estas palavras agora, ainda não fez esta reflexão, aconselho que faça, o crescimento pessoal que experimentamos ao final deste processo faz com que o esforço valha a pena!

 O momento político no Brasil também me obrigava a saber mais sobre o assunto, pois o processo eleitoral estava deixando de ser algo fragmentado, devido até mesmo ao grande número de candidatos a presidência, para se tornar cada vez mais polarizado, com a maioria do eleitorado se concentrando ao redor de apenas dois candidatos, que representavam projetos políticos diametralmente opostos. Onde eu me encaixava nisto tudo?