Minha paixão por História

Durante a minha busca pelos meus valores pessoais, algo que me auxiliou muito foi minha paixão pela História, em especial a História do Brasil do período monárquico. Sempre admirei o nosso imperador Dom Pedro II, sempre o enxerguei como um grande estadista, um homem extremamente culto e totalmente dedicado a trabalhar em prol do povo. Muitos não sabem, mas nossa monarquia foi extremamente humilde, sem pompa e luxos e trouxe, especialmente durante o Segundo Reinado, um grande desenvolvimento ao nosso país. Até aqui, nunca tinha questionado a queda da monarquia e a ascensão da república, pois enxergava essa transição como a evolução natural de algo antiquado e retrógrado, para algo mais moderno e dinâmico. 

Enquanto buscava informações para me ajudar a definir meu posicionamento politico, me deparei com o trabalho muito bom realizado pela equipe do Brasil Paralelo. Assisti as palestras do Congresso Brasil Paralelo, que contribuíram muito para que eu pudesse, não só definir meu posicionamento pessoal, mas me ajudaram a compreender o momento  histórico importante que estávamos vivendo.

Uma série de palestras, em especial, do Brasil Paralelo, intituladas Brasil: A Última Cruzada, alimentaram a minha já presente paixão pela nossa História, mas despertaram também um sentimento de revolta com a forma como a república teve início. Foi a primeira vez que enxerguei a Proclamação da República como  um golpe nojento, que defenestrou a família imperial e destituiu um dos nossos maiores estadistas, abrindo o espaço para que as elites loteassem o poder e o conduzissem de acordo com seus próprios interesses, deixando os interesses nacionais em último lugar, um problema que perdura até hoje! Exagero meu? Não, basta ler os livros de História do Brasil pra vermos que, na chamada República Velha, nos anos iniciais do regime republicano, era comum a prática chamada política do café-com-leite, onde havia um revesamento entre os políticos de São Paulo e Minas Gerais na escolha do presidente da república. Mudaram os nomes, mas as práticas permanecem as mesmas! 

E, nesse momento de revolta, aconteceu uma tragédia que me deixou ainda mais indignado: o incêndio do Museu Nacional. Magnífico museu, que funcionava no Palácio de São Cristóvão, o antigo palácio imperial, que eu havia visitado em 1988, e onde eu sonhava voltar quando tivesse a oportunidade de visitar o Brasil. Revoltante exemplo de descaso com a nossa história, com o nosso patrimônio histórico. A Esquerda no poder, como muitos fatos demonstram, não tem interesse em preservar a nossa história, principalmente aquela que mostra que já tivemos uma forma de governo muito melhor que o atual sistema presidencialista. 

Este fato lamentável me fez adotar uma postura favorável a corrigir o grande erro que foi o golpe republicano, nos dando a chance de retornarmos ao regime anterior. De forma clara, me tornei um monarquista! Para horror de muitos, sou cristão protestante, da Direita Conservadora Liberal e Monarquista!!

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