A promoção do filho do General Mourão
A nomeação do filho do General Hamilton Mourão, vice-presidente da República, Antonio Hamilton Rossell Mourão, para o cargo de assessor especial da presidência do Banco do Brasil, feita pelo recém empossado presidente do banco, Rubem Novaes, gerou críticas pesadas, tanto de apoiadores do governo como dos opositores. Vamos ao caso: Antonio já era funcionário de carreira do Banco do Brasil, com dezoito anos de experiência, e exercia o cargo de assessor da área de agronegócios do banco. Possuía um salário de cerca de R$ 12 mil, e com a promoção, passará a receber um salário de cerca de R$ 37 mil reais mensais.
Em primeiro lugar, não se trata de um caso de nepotismo, já que para isso o próprio general Mourão deveria ter feito a nomeação de seu filho. Também não se parece com um caso de influência política, já que nomeações como essa podem ser feitas pelo presidente do Banco do Brasil, e Rubem Novaes alegou que Antonio Mourão é de sua inteira confiança.
Não se trata aqui de questionar a capacidade técnica ou o currículo de Antonio Mourão. Acredito que ele tem capacidade para ocupar o cargo para o qual foi indicado. Mas, ao meu ver, essa escolha foi feita num momento inapropriado. A nomeação, embora não seja ilegal, acaba sendo imoral, por envolver o filho do vice-presidente da república, num governo que acaba de assumir o poder, e que foi eleito com o compromisso de romper com as velhas práticas do passado. Pode até ser que a nomeação tenha ocorrido para corrigir uma injustiça, pois há alegações que Antonio Mourão, mesmo sendo qualificado, não foi promovido antes justamente por ser filho do general Mourão, já que nos governos petistas os presidentes do Banco do Brasil eram ideologicamente ligados a esquerda que estava no poder.
Mas os políticos e seus familiares precisam entender que fazer parte da vida pública requer que se cumpram alguns princípios morais. A partir do momento que se tornaram membros do governo, já não podem continuar a viver como viviam antes da posse. Precisam entender que todos os seus atos e tudo o que disserem serão alvo de escrutínio tanto pela imprensa como pela opinião pública. E, ao contrário do cidadão comum, que pode viver a sua vida sem considerar a opinião alheia, o mesmo já não vale para as pessoas com cargos públicos. É esperado que os políticos deem o exemplo e que prestem contas daquilo que dizem e de seus atos, mesmo aqueles que não se refiram diretamente ao desempenho das suas funções.
A nomeação em si não foi ilegal, não houve crime. Não se questiona aqui a capacidade ou competência de Antonio Mourão. Mas a nomeação ocorreu num péssimo momento! Que o erro seja corrigido e que sirva de lição para que outros não venham repeti-lo.
Que os políticos e seus familiares possam entender que, estando no governo, exercendo funções públicas, estão vivendo sob os holofotes. E, para que possam viver sem que os acusem ou apontem o dedo, como neste caso, que se lembrem do ensinamento do Apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 6, versículo 12: Todas as coisas me são permitidas, mas nem tudo convém!
A nomeação em si não foi ilegal, não houve crime. Não se questiona aqui a capacidade ou competência de Antonio Mourão. Mas a nomeação ocorreu num péssimo momento! Que o erro seja corrigido e que sirva de lição para que outros não venham repeti-lo.
Que os políticos e seus familiares possam entender que, estando no governo, exercendo funções públicas, estão vivendo sob os holofotes. E, para que possam viver sem que os acusem ou apontem o dedo, como neste caso, que se lembrem do ensinamento do Apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo 6, versículo 12: Todas as coisas me são permitidas, mas nem tudo convém!
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