Novos desdobramentos no caso Fabrício Queiroz


Os dias continuam passando sem que se esclareçam os fatos envolvendo o ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. À medida que o tempo passa, novas perguntar são feitas e novos detalhes sobre os dados obtidos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro junto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão hoje ligado ao Ministério da Justiça.

Foi divulgado que a conta de Flávio Bolsonaro recebeu vários depósitos fracionados em valores de R$ 2.000,00 totalizando R$ 96.000,00. Além disso, ficamos sabendo que houve o pagamento de um título no valor de R$ 1.016.000,00, sem que fosse identificado o beneficiário deste pagamento.

Flávio Bolsonaro concedeu entrevistas à Rede Record e à Rede TV, onde explicou a origem dos valores apurados pelo COAF e quem era o beneficiário do titulo que foi pago a partir de sua conta bancária. Há documentos e testemunha que comprovam a narrativa do senador. Não vou colocar em dúvida a veracidade destes documentos ou da testemunha. Eu assisti à entrevista concedida á Rede Record, e não gostei quando o senador Flávio Bolsonaro afirmou que não teve a chance de esclarecer as coisas. É mentira! Ele foi convidado a prestar informações ao MP-RJ, mas não compareceu. Ele também disse que foi ao STF para saber onde deveria prestar informações, e não para pedir foro privilegiado, mas achei essa afirmação, no mínimo ridícula, pois acho que é óbvio que se deve prestar informações ao órgão que está investigando, neste caso o MP-RJ. 

Embora as investigações sobre Fabrício Queiroz estejam paralisadas por decisão do Ministro do STF Luiz Fux, isso não impediu que novas informações fossem divulgadas pela imprensa. Começo a me perguntar como a imprensa está obtendo essas informações. Claro que não condeno o fato das informações serem divulgadas, pois a imprensa existe para divulgar informações ao público. O problema não está na imprensa, mas em quem está fornecendo informações à imprensa.

Foi assim que ficamos sabendo que os valores movimentados pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, num prazo de três anos, chegou a quase sete milhões de reais! De onde vem todo este dinheiro? Como um assessor, que precisou pedir um empréstimo de R$ 40.000,00 ao amigo Jair Bolsonaro, e que tem um salário de R$ 23.000,00, conseguiu movimentar tamanha quantia?

Também ficamos sabendo, que o gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), empregou a mãe e a esposa de um dos líderes da milícia que atua no Rio de Janeiro, milícia esta que está sendo investigada como sendo suspeita de ter cometido o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Estes líderes inclusive, já tinham sido objeto de homenagens do então deputado Flávio Bolsonaro, na ALERJ. Ao ser indagado sobre o assunto, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que as estas contratações foram de responsabilidade de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Me pergunto, qual a real função de Fabrício Queiroz no gabinete de Flávio Bolsonaro na ALERJ? Oficialmente ele era um simples motorista. Mas o próprio Flávio afirma que ele também era responsável por contratar assessores e funcionários! Isso não seria função de um Chefe de Gabinete?

As perguntas continuam sem respostas! Na verdade, a cada dia que passa, a quantidade de perguntas aumenta! Qual será o desfecho desta história?

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