Série: O país que eu quero! 4 - Educação


Continuando com a série O país que eu quero!, hoje tratando de um tema vital para qualquer país: a Educação. Sabemos bem como anda a Educação brasileira, destruída por anos de condução ideológica de esquerda. Um aspecto que sou forçado a reconhecer, é que no Brasil aparentemente somente a esquerda soube reconhecer o verdadeiro papel da Educação na construção de um país.

Digo isto porque eu acredito que a Educação é a ferramenta com a qual moldamos o futuro do país. Se os esquerdistas tinham o objetivo de transformar o Brasil em um país socialista, atuaram corretamente ao usar a Educação como ferramenta para alcançar tal intento. Por que não podemos nos esquecer que um país é formado por pessoas, e  o poder de influenciar ou determinar o que estas pessoas pensam, é vital para qualquer projeto político.

Por isso, o país que eu quero é um país onde a Educação signifique mais que apenas ensinar crianças a ler, escrever e fazer contas. Claro que isto também deve fazer parte de um currículo educacional, mas não pode se limitar a apenas isto. A discussão sobre a Educação deve ser uma questão de Estado, e não uma questão de governo ou de um grupo político, por se tratar de uma área onde ações tomadas hoje só gerarão resultados no médio e longo prazo. 

O primeiro ponto que tem que ser pensado quando se discute o tema Educação é: que país queremos ser no futuro? Só após respondermos a esta pergunta, é que poderemos discutir que tipo de Educação ofereceremos às nossas crianças. Como mencionei, a Educação é a ferramenta com a qual moldaremos nossas crianças e jovens, para que no momento certo, coloquem em prática o nosso projeto de país. Por isso, não podemos encarar a Educação como algo apenas abstrato, mas também como algo que traz benefícios práticos para os estudantes e para o país. Em outras palavras, a Educação não deve ser encarada apenas como algo retórico, mas como algo que gera atitudes e resultados práticos. E que fique claro: quando uso a palavra "moldar", não estou usando com o mesmo sentido ideológico que nos acostumamos a entender como "doutrinar"!

Por exemplo: se o nosso objetivo de médio e longo prazo for que o Brasil se torne um país competitivo na área de alta tecnologia, então precisamos utilizar a Educação para preparar as crianças e jovens para que se tornem profissionais que estejam em condições de atuar de forma competitiva nesta área, dando ênfase ao ensino de disciplinas que auxiliarão na conquista deste objetivo. Se quisermos que o Brasil se torne um país com uma indústria competitiva e exportadora, precisamos preparar nossos estudantes para ocupar funções dentro das modernas indústrias e para fazer parte da quarta revolução industrial. Estes são apenas alguns exemplos de como a Educação é fundamental para se definir o futuro de um país. Para corroborar meu argumento, basta observar a correlação existente entre o desempenho dos alunos em matemática e o nível de desenvolvimento tecnológico em países como a Coréia do Sul.

Além disso, há outro aspecto muito importante. No país que eu quero, a Educação ensina as pessoas a pensar! Isto está se tornando algo cada dia mais raro! Pensar, analisar, comparar, compreender fatos históricos e atuais, compreender os acontecimentos à nossa volta e desenvolver o raciocínio lógico. Um país próspero é aquele formado por cidadãos capazes de pensar, de fazer escolhas, de tomar decisões conscientes das consequências. A Educação deve ser uma ferramenta contra a alienação, deve ser um instrumento de libertação, permitindo a cada pessoa alcançar seu potencial pleno como indivíduo. Só assim as mentes brilhantes terão a chance de despontar para fazer a diferença em favor do país!

Museu Nacional em chamas

O país que eu quero se preocupa com o futuro, mas sem se esquecer de seu passado. Por isso acredito que a Educação deve também valorizar a cultura e a História do nosso país, ensinando às novas gerações o valor do nosso passado, desenvolvendo o sentimento de pertencimento, a consciência de que não somos indivíduos reunidos ao acaso, mas que fazemos parte de uma grande história coletiva, que nos define como povo e nação. Por isso, no país que eu quero, Museus não pegam fogo por negligência, e acervos de valor histórico inestimável não são perdidos. E a cultura não fica limitada às salas de aulas, mas as crianças e os jovens são incentivados a frequentar nossos museus, bibliotecas, cinemas, teatros, galerias de arte, salas de concertos. Também são incentivados a conhecer e valorizar a história da cidade onde vivem e a conhecer seus pontos históricos remanescentes, trabalhando para a sua preservação.

A magnífica Sala São Paulo

O país que eu quero valoriza as atividades e iniciativas culturais de seus cidadãos. Permite que todos se expressem, desde que respeitados os limites da civilidade e do bom convívio entre as pessoas. No país que eu quero, dinheiro público só seria aplicado em atividades culturais que trouxessem benefícios a toda a comunidade pagadora de impostos. Não é justo que nossos impostos financiem projetos que pregam contra nossos valores pessoais. A liberdade de expressão deve ser garantida, mas o dinheiro público deve ser usado com ressalvas.

Este é um tema extenso, dada a sua importância, mas para resumir o que eu quero dizer, acho que a Educação deve ser um instrumento que o governo usa, não para cooptar pessoas inocentes para suas pautas, mas ao contrário, deve ser a ferramenta que o governo usará para permitir que cada pessoa descubra o seu próprio potencial e o desenvolva, se tornando um ser humano melhor, e com isso contribuindo com o desenvolvimento de toda a sociedade e de quebra, do país. Nenhuma nação se torna desenvolvida se não for formada por cidadãos desenvolvidos! E nenhum cidadão se desenvolve sem a Educação!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A prisão de Roberto Jefferson

Sejam Bem-vindos!

A demissão de Sérgio Moro