As manifestações na América Latina

Composição do metrô de Santiago incendiada por manifestantes

Não é de hoje que temos acompanhado a ocorrência de manifestações América Latina afora. Elas tem ocorrido pelos mais diversos motivos. No Brasil, em 2013 nós vimos manifestações que iniciaram por causa de um aumento de R$ 0,20 na tarifa do transporte público em São Paulo e tomou proporções gigantescas, abraçando todas as pautas imagináveis, culminando com o impeachment da presidente Dilma Rousseff. De lá pra cá, assistimos a manifestações promovidas por movimentos de direita e de esquerda, com pautas desde a defesa das medidas governamentais e manifestação de apoio ao presidente e ministros, até aos pedidos de liberdade para o ex-presidente presidiário.

Na América Latina, os principais protestos tinham ocorrido na Venezuela, principalmente após o líder oposicionista Juán Guaidó ter se autoproclamado presidente. Mas nos últimos meses elas se alastraram por vários países, sob os mais diversos pretextos. Peru, Equador, Bolívia e Argentina recentemente tiveram manifestações. Embora, como eu disse, os motivos destas manifestações sejam diversos, por trás delas existe um ponto em comum: Poder! Ao observarmos as manifestações isoladamente, talvez não consigamos perceber, mas se dermos um passo atrás e observarmos a movimentação que ocorre em todo o continente sul americano, perceberemos facilmente que a força que está movendo as peças é o Poder. Ou melhor dizendo, o desejo de manter ou de voltar ao Poder. E é a esquerda latino americana quem está por trás de tudo isto.

Hoje sabemos que nas piores manifestações, que ocorreram no Chile, considerado o mais bem sucedido país latino-americano, foi constatada a presença de venezuelanos e cubanos que estavam incitando a população e perpetrando verdadeiros ataques terroristas contra o patrimônio público e privado. Usando o aumento da tarifa do metrô como estopim, conseguiram transformar uma manifestação legítima contra o aumento da tarifa em uma verdadeira guerra civil, causando mais de 20 mortes e um prejuízo milionário. A presença destes estrangeiros entre os manifestantes detidos pelas forças policiais chilenas, mostra claramente que tudo foi orquestrado fora do Chile. E qual o objetivo disso tudo? No caso do Chile, desestabilizar um governo de Direita, permitindo a volta da esquerda ao poder.

No Equador e no Peru ocorre algo parecido. Na Bolívia, a esquerda luta para permanecer no poder, fraudando as eleições presidenciais para conceder um quarto mandato consecutivo a Evo Morales. Na Argentina, a esquerda conseguiu voltar ao poder através de eleições diretas, com a vitória da chapa peronista de Fernández-Kirchner, nas eleições do último domingo. Ficou mais que evidente que o movimento de esquerda e o Foro de São Paulo estão mais fortes e ativos do que nunca!

Muitas pessoas acreditaram que, com a retirada do PT do poder e com o fechamento das torneiras dos cofres públicos brasileiros que ajudaram a financiar este projeto criminoso de poder por anos a fio, que a esquerda ficaria enfraquecida. Este pensamento ganhou força depois da eleição e posse de Jair Bolsonaro. Só que estas pessoas ignoraram o fato que a corrupção no governo brasileiro era apenas uma das fontes de recursos do Foro de São Paulo! Eles ainda obtém recursos através do tráfico de drogas e de armas, contrabando de petróleo, corrupção em outros países latinos americanos e até através de uma indústria de sequestros que funciona em alguns países.

Será que o Brasil será o próximo alvo? Eu acredito que o Brasil ainda não foi alvo deste tipo de protesto infiltrado, porque temos um fator complicador que impede uma maior participação direta de estrangeiros: o idioma! É mais fácil as milícias bolivarianas venezuelanas e cubanas se infiltrarem nos demais países latinos e passarem despercebidos, do que no Brasil. Por este motivo, o Foro de São Paulo e a esquerda brasileira foram forçados a adotar outra tática, indireta, mas com o mesmo objetivo: atingir e enfraquecer o governo de Direita, para conseguir retornar ao poder.

E como estão fazendo isso? Temos que entender que o processo de desgaste que os governos vem sofrendo é feito através da manipulação da opinião pública. A esquerda trabalha com narrativas, e está neste momento, através destes protestos citados, construindo a narrativa de falha dos governos de Direita, falha das medidas liberalizantes, falha dos valores conservadores. A esquerda trabalha para mostrar que a Direita não funciona, que suas medidas não melhoram em nada a vida das pessoas, e que a solução é a volta de um governo de esquerda, que sempre está disposto a ajudar as pessoas através de auxílios governamentais. É mais fácil convencer o cidadão comum a aceitar uma bolsa-auxílio do que atender a um pedido do governo por sacrifícios! Foi assim que a esquerda conseguiu voltar ao poder na Argentina pelo voto direto!

No Brasil a esquerda está tentando construir narrativas atacando o governo através da mídia altamente politizada, usando fatos comuns como as queimadas sazonais da Amazônia como combustível para enriquecer a sua narrativa de incompetência e fracasso do governo da Direita. Outro episódio envolve o óleo derramado no litoral do Nordeste. Podem perceber que tudo é motivo para a imprensa tradicional atacar o governo. A mídia ignora solenemente todas as coisas boas que o governo vem fazendo e deixa de informar todas as vitórias que o país vem obtendo através do trabalho sério do governo Bolsonaro. A manipulação grosseira mostrada em uma reportagem veiculada no principal telejornal da maior rede de TV do país, mostra a que ponto a esquerda pode chegar, para conseguir o seu objetivo de retornar ao poder!

Estão tentando a todo custo manipular a opinião pública brasileira, tentando jogá-la contra o governo. Fazem de tudo para desgastar a imagem do governo junto aos cidadãos. E por que a esquerda não têm conseguido obter êxito nesta guerra de narrativas? Em primeiro lugar, porque o presidente Bolsonaro, ao contrário de presidentes como Piñera do Chile ou Macri da Argentina, tem pulso firme e não se abala com os problemas que tentam jogar sobre ele. Bolsonaro é de Direita, não é de centro e nem tenta governar agradando todo mundo como Piñera e Macri. O presidente brasileiro trabalha para implantar as propostas feitas durante a campanha eleitoral. Ceder às pressões populistas foi o ponto fraco dos governos da Argentina e do Chile. Em segundo lugar, e na minha opinião o principal motivo dos planos esquerdistas estarem fracassando no Brasil, é a opinião pública consciente da necessidade das medidas que tem sido propostas pelo governo e o apoio que ela tem expressado ao governo. Em nenhum país do mundo as pessoas saem às ruas para pedir uma Reforma da Previdência dura e que ataca direitos de todos, em maior ou menor grau, mas vimos isto acontecer no Brasil.

Talvez as pessoas nem percebam, mas o fato de estarem buscando e ajudando a divulgar informações através das redes sociais, e o surgimento de mídias alternativas que dão pleno conhecimento das atividades governamentais, em contraponto à mídia tradicional, é o que está evitando que a narrativa esquerdista prospere no Brasil. As pessoas tem ajudado a construir uma narrativa de Direita, e é esta narrativa que tem derrotado a esquerda!

Por isso, quanto mais informações a Direita puder divulgar, melhor será para fortalecer a nossa narrativa! Nosso sábio imperador Dom Pedro II já dizia lá no século XIX que "imprensa se combate com imprensa". Por isso todos precisamos estar cientes que narrativa se combate com narrativa. Precisamos estar atentos, para só compartilhar em nossas redes sociais aquilo que é útil às pessoas e que pode fortalecer a opinião pública a favor dos valores que defendemos.

Mas não basta só a sociedade trabalhar para construir a narrativa da Direita. O governo, e os seus membros em maior evidência precisam fazer o mesmo trabalho, não só divulgando massivamente informações de interesse público, mas tomando o cuidado para evitar que palavras mal ditas se transformem em munição para fortalecer a narrativa da esquerda. Não podemos permitir que nos mantenham na defensiva, temos que partir para o ataque retórico e colocar os inimigos do Brasil nas cordas e bater neles até que percam a luta!

Sei que a nossa narrativa será vencedora, apesar de todas as dificuldades e de todas as batalhas que teremos que enfrentar. O que me dá esta certeza? Simples: queremos que a verdade seja divulgada sempre, sem manipulações, como a esquerda gosta. E a verdade é tão poderosa, que sempre prevalece!

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