Começam as privatizações de aeroportos

Aeroporto Internacional do Recife

O governo federal realizou no dia 15 de Março, o primeiro leilão, do governo Bolsonaro, para privatizar aeroportos brasileiros. Neste leilão, foram oferecidos doze terminais, divididos em três blocos: Bloco Nordeste (Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte e Campina Grande), Bloco Sudeste (Vitória e Macaé) e Bloco Centro-Oeste ( Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta). A soma do valor do lance mínimo para os três blocos era de R$ 218,7 milhões de reais. Os doze aeroportos oferecidos movimentam 19,6 milhões de passageiros anualmente e o governo oferece a concessão da administração dos terminais pelo prazo de 30 anos. O governo arrecadou R$ 2,377 bilhões de reais, R$ 2,158 bilhões de reais a mais, considerando o valor inicial previsto, que era de R$ 218,7 milhões de reais.

O Bloco Nordeste, que foi o mais disputado, foi arrematado pela espanhola AENA, pelo valor de R$ 1,9 bilhão de reais, com o pagamento de um ágio de 1.010% sobre o lance mínimo de R$ 171 milhões de reais previsto no edital do leilão. O valor do investimento previsto a ser realizado pela AENA nos seis aeroportos do Bloco Nordeste é de R$ 2,153 bilhões de reais.

O Bloco Centro-Oeste, foi arrematado pelo consórcio Aeroeste, pelo valor de R$ 40 milhões de reais, com o pagamento de um ágio de 4.739% sobre o lance mínimo de R$ 800 mil reais. O investimento previsto para os quatro aeroportos é de R$ 771 milhões de reais.

O Bloco Sudeste, foi arrematado pela Zurich Airports, pelo valor de R$ 437 milhões de reais, com o pagamento de um ágio de 830% sobre o lance mínimo de R$ 46,9 milhões de reais. O investimento previsto a ser feito nos dois aeroportos do bloco é de R$ 592 milhões de reais.

Segundo o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o sucesso do leilão mostra a confiança dos investidores no Brasil. Com os doze aeroportos privatizados nesta data, o Brasil passa a ter um total de 22 aeroportos administrados pela iniciativa privada. Os planos do governo preveem a privatização de todos os aeroportos do país até 2022, sendo que os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, deverão ser os últimos a serem leiloados. O objetivo é extinguir a estatal INFRAERO, responsável pela administração dos aeroportos no país.

Eu sou totalmente a favor das privatizações, e vi este primeiro leilão como um sinal claro, dado pelo governo, que a ideia liberal de tirar das mãos do Estado tudo o que puder ser feito com mais eficiência pela iniciativa privada, não é apenas uma retórica eleitoral, mas um plano concreto, que visa diminuir o tamanho do Estado.  Um Estado mais enxuto, com menos atribuições, permitirá uma melhora nos serviços públicos, permitirá também uma diminuição nos impostos cobrados da população e dos negócios, já que o custo para manter um Estado enxuto é menor.

Ao permitir que a iniciativa privada administre estes aeroportos, a concorrência gerará investimentos que proporcionarão uma grande melhora nos serviços prestados aos usuários. Ganha o consumidor, que terá melhores serviços, ganha o Estado, que fica livre destes investimentos e pode destinar estes recursos para outras áreas, como por exemplo Saúde, Educação e Segurança Pública, e ganha a economia como um todo, pois a melhora na infraestrutura aeroportuária abre as portas para investimentos em outros setores da economia, já que os nossos aeroportos internacionais são os nossos cartões de visita, são eles que passam aos visitantes estrangeiros a primeira impressão sobre o nosso país.

Ótimo trabalho realizado pela equipe do governo do presidente Bolsonaro! Também estão previstas as concessões de portos e ferrovias. Vamos privatizar tudo e deixar os empresários trabalhar! Não devemos demonizar o lucro, já que é a busca do lucro que gera a competição que beneficia o consumidor! Sobre os editais dos próximos leilões a serem realizados pelo governo, escreverei em outro post!

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