A primeira privatização de ferrovias do governo Bolsonaro

Empresa Rumo, vencedora do 1º leilão de ferrovias
do governo Bolsonaro

O governo Bolsonaro prossegue com as privatizações! Na última quinta-feira, 28 de Março, foi realizado o primeiro leilão de privatização de ferrovias do governo atual. Foi oferecido à iniciativa privada um trecho de 1.573 km da Ferrovia Norte-Sul, ligando as cidades de Porto Nacional, no estado de Tocantins, à Estrela d´Oeste, no estado de São Paulo. O lance inicial foi estipulado em R$ 1,353 bilhão de reais e o prazo da outorga é de 30 anos, renováveis.

A empresa Rumo, braço logístico do Grupo Cosan, arrematou a ferrovia, oferecendo um lance no valor de R$ 2,719 bilhões de reais, representando um ágio de 100,9% sobre o valor mínimo. A empresa Rumo já é operadora da malha ferroviária paulista, e a aquisição deste trecho da ferrovia Norte-Sul permitirá a ela transportar cargas desde o Tocantins até o Porto de Santos, o maior do país.

O governo considerou o resultado do leilão, um sucesso. Há planos de ofertar à iniciativa privada, concessões para a construção de novas ferrovias, como a chamada Ferrogrão, projetada para ligar Sinop, no Mato Grosso, a Miritituba, no Pará, num trecho de 1000 km. E a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, ligando a cidade de Figueirópolis, no Tocantins, ao porto de Ilhéus, na Bahia, com 1.527 km de extensão.

Se estes projetos saírem do papel, será muito benéfico para a economia do país, assim como a privatização realizada neste momento. Além de garantir recursos financeiros, também retira do governo a responsabilidade de investir na construção, operação e manutenção destas ferrovias. Ao permitir que a iniciativa privada assuma estas responsabilidades, o governo fica livre para atuar em áreas onde sua presença é realmente necessária, como educação, saúde e segurança pública.

É muito boa a atitude do governo de se desfazer de ativos estatais! E investir em ferrovias, num país de dimensões continentais como o nosso, é algo extremamente importante, e que já deveria ter sido feito! Aliás, se a construção de ferrovias, que se iniciou durante o império, no Segundo Reinado, sob Dom Pedro II, tivesse mantido o ritmo, hoje teríamos todo o país interligado por ferrovias! Mas nunca é tarde para se corrigir os erros! Investir em ferrovias é importante e estratégico, pois corrige um dos gargalos da nossa infraestrutura, que resulta no aumento do chamado Custo Brasil, que encarece nossos produtos de exportação e afeta a nossa competitividade no mercado internacional.

O governo, neste caso, segue no rumo certo! Que continue assim!

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