Biden assume a presidência dos Estados Unidos!

 



No último dia 20 de janeiro, o democrata Joe Biden tomou posse como o 46º presidente dos Estados Unidos. A cerimônia de posse ocorreu na capital, Washington, que estava com um clima bem diferente daquele visto em posses anteriores, devido à recente invasão do Capitólio, que levou a um incremento do esquema de segurança preparado para o evento.

Para muitas pessoas, tal posse significou o fim da esperança de que Trump conseguisse reverter o resultado das eleições presidenciais, comprovando as diversas fraudes. Tais fraudes foram evidentes, claras, mas do ponto de vista legal, não se houve meios de prová-las. Por mais difícil que seja reconhecer a derrota neste caso, ela ocorreu e a posse de Biden colocou um ponto final nas diversas teorias que circulavam nas redes sociais, com as mais mirabolantes ideias para que Trump permanecesse ocupando a presidência.

Tais ideias mirabolantes mostram que muitos dos apoiadores de Trump, assim como ocorre entre os apoiadores de Bolsonaro, não o conhecem de fato. Deixaram-se seduzir por uma imagem construída, que mostrava Trump como um homem que poderia chegar ao ponto de permanecer à força na presidência. Muitos dos apoiadores de Trump não conseguiram enxergar nele o estadista que ele mostrou ser, que respeita as leis e a Constituição, que sabe negociar com outras nações e estabelecer a paz, e que sabe defender os interesses de seu país. Trump encerra o seu mandato como um estadista, mostrando que a estabilidade da nação está acima de seus interesses pessoais. Poucos políticos hoje possuem tal desprendimento em relação ao poder. Passar o bastão a Biden foi um gesto de grandeza e não de derrota.

O cancelamento sofrido por Trump, que foi banido do Twitter, bloqueado no Facebook e Instagram, que teve suas contas encerradas no Deutsche Bank, só mostra a grandeza moral com que Trump deixa o governo. O desespero de seus detratores em apagá-lo politicamente mostra que Trump é uma ameaça real aos democratas. 

Já Joe Biden assume o governo prometendo dar um verdadeiro cavalo de pau nos Estados Unidos, mudando o rumo que o país vinha seguindo. Já revogou medidas de Trump, como as que retiravam os Estados Unidos do Acordo de Paris, sobre redução de emissão de poluentes, e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Sob a administração Biden, as pautas progressistas e globalistas devem ganhar força, e muitas mudanças legais poderão ser feitas, já que o Partido Democrata controla as duas Casas do Congresso americano. É importante frisar que a vice-presidente Kamala Harris é também a presidente do Senado americano. Também é esperada uma intensificação da perseguição promovida pelas big techs aos conservadores e membros da direita, não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo todo. Temos que lembrar que a grande imprensa americana sempre trabalhou a favor da candidatura de Biden, e sempre promoveu a disseminação de narrativas contra Trump, e a mídia deve continuar e até intensificar a construção de narrativas, e o apoio a pautas esquerdistas como o aborto, liberação de drogas, ideologia de gênero, políticas LGBTQI+, as questões raciais e de minorias, bem como a imigração.

Existe a possibilidade que os Estados Unidos como o conhecemos hoje seja substituído por outro, bem diferente, onde os valores promovidos pelos pais fundadores, como as liberdades individuais e a fé, sejam substituídos pelo cerceamento e pelo politicamente correto? Sim, tal possibilidade existe. Uma administração pode destruir em apenas quatro anos, pilares culturais com séculos de existência? Não é impossível mas é improvável, já que na prática, os democratas terão o controle do Congresso por apenas dois anos, até as próximas eleições legislativas. Dependendo das medidas adotadas por Biden, o apoio aos democratas poderá aumentar ou diminuir, comprometendo o controle do Congresso. Temos que nos lembrar que dentro do próprio partido Democrata há pessoas que não estão satisfeitas com os rumos que o partido tem seguido, que o afastou da sua origem liberal e o aproximou da esquerda socialista, progressista e globalista.

Enfim, Biden pode até implementar algumas medidas, mas dificilmente mudará os pilares básicos da sociedade americana. A mobilização popular que culminou com a invasão ao Capitólio, embora tenha sido rotulada como antidemocrática, sinaliza que o povo americano não deve assistir passivamente à destruição de seus direitos e de suas instituições. Não creio que a situação chegue ao ponto de uma guerra civil ou de uma fragmentação do país, pois isso enfraqueceria aqueles que estão no poder hoje. Uma situação assim afetaria o poderio econômico de muitos que trabalharam para eleger Biden. Não é interessante uma derrocada total dos Estados Unidos. Mudanças certamente virão, mas vamos observar com atenção os desdobramentos de tudo isso, pois muito do que ocorreu nos Estados Unidos em 2020, poderá se repetir em 2022 no Brasil.

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