Bolsonaro visita a Argentina

Presidente Jair Bolsonaro e Presidente da Argentina Maurício Macri

O presidente Jair Bolsonaro iniciou na última quinta-feira 6 de Junho a sua primeira visita oficial à Argentina, a quinta viagem oficial desde que tomou posse em janeiro. Terceiro maior parceiro comercial do Brasil, e principal parceiro comercial na região, a Argentina normalmente era o primeiro país latino americano a ser visitado por um recém empossado presidente brasileiro. Porém, o primeiro país sul americano a ser visitado por Bolsonaro foi o Chile, que foi visitado em março passado. O presidente Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro foram recebidos pelo presidente argentino Maurício Macri, na Casa Rosada, sede do governo argentino.

Bolsonaro e Macri conversaram sobre diversos temas, tais como o Mercosul e a Venezuela, entre outros. Embora a visita tenha ocorrido sem a intenção de se fechar acordos bilaterais relevantes, ambos os presidentes destacaram a importância da amizade entre os dois países, em suas declarações conjuntas. Referindo-se às eleições presidenciais argentinas que ocorrerão em breve, o presidente Bolsonaro pediu que os argentinos votem com a razão e não com o coração. O presidente brasileiro também manifestou o temor da possibilidade de surgir uma nova Venezuela na região. Em encontro com empresários argentinos e brasileiros, o presidente lançou a ideia de uma moeda comum para os dois países, que se chamaria peso-real. A ideia não tem data prevista para implantação, já que é um assunto bastante complexo e que exigirá muita negociação entre os dois países, caso se resolva realmente implantá-la.

O presidente Bolsonaro viajou acompanhado de sete ministros: Economia, Minas e Energia, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores, Defesa e Gabinete de Segurança Institucional. O Brasil reiterou seu apoio à Argentina em sua posição em relação às ilhas Malvinas. Também foram reafirmados os compromissos anteriores na área da cooperação em energia nuclear, a possível compra, pela Força Aérea Argentina, de cargueiros militares KC-390 fabricados pela Embraer e os estudos de viabilidade para a construção de duas usinas hidrelétricas no rio Uruguai, na fronteira entre os dois países.

O Mercosul também foi assunto de conversas, mas nada foi decidido, pois para qualquer decisão envolvendo o bloco seria necessária a presença dos representantes dos outros países membros. O assunto surgiu devido ao provável fechamento de um acordo entre o Mercosul e a União Européia, que poderá ser assinado durante a reunião que ocorrerá entre os dias 27 e 28 de junho na Bélgica, após quase 20 anos de negociações.

Assim como ocorreu em sua visita ao Chile, o presidente Bolsonaro foi alvo de manifestações. Os protestos ocorreram na emblemática Plaza de Mayo, e foram convocadas por ativistas de direitos humanos e de grupos LGBT, de defesa dos direitos das mulheres, sindicatos, entre outros. Ou seja, todos movimentos de esquerda, que gritavam palavras de ordem contra Bolsonaro, alegando que ele incita o ódio e até chegaram a pedir "Lula Libre", nada diferente do que ocorreu no Chile ou do que ocorre nas manifestações da esquerda no Brasil.

Claro que eu considerei a visita positiva! Toda visita que o presidente puder fazer, reforçando os laços de amizade com outras nações, conversando sobre comércio e outros assuntos que interessem ao Brasil, será bem vinda! No contexto atual, o Brasil não pode ser um país com uma diplomacia tímida, somos grandes demais para ficar em segundo plano e, para que possamos aumentar o nosso protagonismo, viagens como esta são necessárias. O presidente Bolsonaro está adquirindo experiência, e seus discursos tem melhorado, no sentido de não fazer pronunciamentos que precisem ser explicados ou corrigidos depois. A assessoria do presidente também parece estar se ajustando, preparando melhor as viagens. O Brasil só tem a ganhar, devemos colocar nossos interesses em primeiro lugar e buscar formas de aumentar nossas parcerias estratégicas. Nossa economia e nossa sociedade agradecem!

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