Igualdade e Justiça Social II
Reproduzo abaixo o meu artigo para a coluna Conexão Japão, da revista digital Vida Destra, publicado em 20 de agosto de 2020:
Igualdade e Justiça Social II
Meu amigo Adilson Veiga (@Ajveiga2) propôs em seu
excelente artigo um debate sobre a Igualdade e a Justiça Social. Em tempos de
guerra ideológica, o combate às ideias e conceitos falsos propagados pelos
nossos inimigos, neste caso os
esquerdistas e globalistas, deve ser feito de forma ferrenha e ininterrupta!
Ainda mais se levarmos em consideração as décadas de doutrinação que a nossa
sociedade sofreu sob o marxismo cultural e os métodos pedagógicos de Paulo
Freire.
Hoje, se formos às ruas indagar as pessoas a respeito
da definição destes termos, igualdade e
justiça social, muito provavelmente ouviremos definições fundadas no pensamento
esquerdista, já que igualdade e justiça social sempre estão nos discursos e nas
pautas esquerdistas. Por isso esta troca de ideias é oportuna e necessária, já
que a esquerda tem mantido a hegemonia deste debate, que mantém as falsas
ideias ainda em circulação entre as pessoas.
Nenhuma pessoa, em sã consciência, condenaria a busca
da sociedade pela igualdade e pela justiça social. A busca, em si, é um direito
natural das pessoas. E é aqui que está o ponto que merece ser debatido, já que
a igualdade que é pregada pela esquerda não é uma igualdade que permite às
pessoas crescerem enquanto indivíduos, desenvolvendo o seu potencial e
alcançando novos patamares. Ao contrário, a igualdade esquerdista nivela a
todos na mediocridade, eliminando a meritocracia e permitindo que todos tenham
o mesmo retorno independente do esforço feito. Além de impedir que as pessoas
cresçam, mantendo a todas eternamente na mediocridade, no longo prazo uma
sociedade com esta igualdade está fadada ao fracasso, pois a falta de
meritocracia impede a inovação, o surgimento de novas ideias e novas soluções.
Já vimos isto acontecer, basta olhar para trás e rever a história econômica da
União Soviética e de todos os países que adotaram o conceito de igualdade
pregado pela esquerda! Todos eram extremamente atrasados em relação ao resto do
mundo!
Na minha opinião de homem comum, só podemos debater
este assunto se considerarmos primeiro a questão da liberdade individual! Isto
por que acredito que a questão da igualdade envolve as escolhas pessoais de
cada um, e por que acredito que para se promover a igualdade, não se deve
igualar as pessoas na recompensa dos seus esforços, mas deve-se igualar as
oportunidades, com cada um recebendo de acordo com o esforço feito. Por isso a
liberdade de escolha é importante, pois cada indivíduo deve ter a liberdade de
escolher qual a oportunidade que quer aproveitar. Esta decisão não pode ser
tomada pelo Estado e imposta sobre todos indistintamente.
Justiça Social, no meu entender é justamente quando as
pessoas exercem a sua liberdade para escolher a melhor oportunidade para si
mesmas, com igualdade de oportunidades para todos, com cada um recebendo
segundo o próprio esforço, e com todo este processo sendo regido por leis
justas e que se apliquem a todos, sem distinção! Todos os países que insistiram
na visão esquerdista de igualdade e justiça social, com a eliminação da
meritocracia, a condenação da riqueza, a expropriação da propriedade privada, e
a imposição da mediocridade a todos, sufocando talentos e abortando a
criatividade necessária para a evolução da sociedade, terminaram em fracasso ou
pobreza extrema. Todos já testemunhamos o fracasso de regimes que impuseram
estes conceitos. E no Brasil de hoje, percebemos o problema desta igualdade
deturpada ao analisarmos a situação do funcionalismo público, em comparação aos
funcionários da iniciativa privada. Os funcionários públicos tem melhor
remuneração em relação aos que ocupam a mesma função na iniciativa privada, embora
tenham um desempenho muitas vezes inferior. Por terem estabilidade no emprego,
não se sentem estimulados a prestar um bom serviço ou buscar soluções, já que,
aconteça o que acontecer, o salário estará garantido ao final do mês! Além da
distinção entre funcionalismo público e privado, a justiça social esquerdista
separa as pessoas, criando cotas de acordo com a cor da pele ou a orientação social,
num processo contrário ao que iguala as oportunidades, criando distorções na
sociedade que beneficiam uns em detrimento de outros!
Precisamos lutar pela construção de uma sociedade que
dê a todos as mesmas oportunidades! O resultado que cada um irá obter dependerá
unicamente do seu esforço individual. Ao Estado cabe apenas garantir esta
igualdade de oportunidades, eliminando distorções e aplicando a lei quando
necessário, e que a lei seja aplicada a todos de forma igual, sem distinção. As
pessoas devem ter liberdade para trabalhar, para empreender, para inovar e para
decidir que caminho seguir!
Quanto à falsa narrativa espalhada pela esquerda, ela
tem o objetivo de dividir a sociedade, jogando uns contra os outros numa luta
falsa por justiça social, criando minorias e grupos onde ficam buscando
culpados pelos resultados medíocres que obtém devido à própria incapacidade,
preguiça e comodismo. Tudo o que a esquerda quer é usufruir dos frutos do
trabalho dos outros! E a tão propalada igualdade esquerdista divide a sociedade
entre os dirigentes e o povo, já que para aqueles que detém o poder, as regras
são outras! Ou seja, para a esquerda uns são mais iguais que outros!
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