Bolsonaro na reunião do G20 em Osaka

Foto oficial com os chefes de estado e de governo
e autoridades que participaram do encontro em Osaka, Japão

Ocorreu nos dias 28 e 29 de Junho de 2019, a 14ª Reunião de Cúpula do G20, o grupo que reúne as 19 maiores economias mundiais, mais a União Européia. Este é um encontro onde os chefes de estado e de governo destas nações, se reúnem entre si e com autoridades dos principais órgãos multilaterais, como o Banco Mundial, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização Mundial de Comércio (OMC), entre outros, com o objetivo de discutir os temas relevantes da atualidade e buscar soluções conjuntas para problemas de âmbito mundial.

Nesta edição do evento, o tema de maior preocupação foi a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que possui impacto em toda a economia mundial. O evento terminou com ambos os países concordando com uma trégua nas disputas comerciais. O texto final do encontro defende o livre comércio, e tratou de assuntos das mais variadas áreas, tais como meio ambiente, criptomoedas, desigualdade de gênero, mudanças climáticas, sistemas de impostos, entre outros. Ficou registrada também o reconhecimento da necessidade de se reformar a Organização Mundial do Comércio.

O presidente Jair Bolsonaro deixou o Brasil rumo ao Japão, com a imprensa brasileira publicando artigos onde colocavam o presidente em posição defensiva, em que alegavam que Bolsonaro estava isolado diante da comunidade internacional. Também foram publicadas matérias com comentários do presidente francês Emmanuel Macron, que ameaçava não negociar o acordo de livre comércio da União Européia com o Mercosul caso o presidente Bolsonaro confirmasse a retirada do Brasil do Acordo do Clima de Paris, e também comentários da chanceler alemã Angela Merkel, em que mostrava preocupação com a questão do desmatamento no Brasil sob o governo Bolsonaro. Para piorar as coisas, um sargento da Força Aérea Brasileira, que estava num voo de apoio da comitiva presidencial, foi preso durante a escala realizada em Sevilha, na Espanha, com 39 quilos de cocaína em sua bagagem de mão. Devido ao incidente, o avião presidencial acabou tendo a sua rota alterada, fazendo escala em Lisboa, Portugal.

Ao se pronunciar sobre este incidente, o presidente Jair Bolsonaro determinou total colaboração com as autoridades espanholas e pediu punição rigorosa ao militar envolvido. Ao desembarcar no Japão, o presidente respondeu aos comentários da chanceler alemã Angela Merkel, dizendo que o Brasil tem muito o que ensinar à Alemanha em termos de preservação ambiental. No Brasil, os jornais insistiam na narrativa na qual mostravam o presidente Bolsonaro diplomaticamente isolado, publicando inclusive matéria dizendo que o presidente francês tinha cancelado o encontro com o presidente brasileiro.

Já na sexta-feira 28, primeiro dia do encontro do G20, as coisas começaram a mudar com a notícia de que a delegação brasileira em Bruxelas, na Bélgica, tinha fechado o Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Européia, depois de 20 anos de negociações, o que é considerado uma vitória estrondosa da diplomacia brasileira. No Japão, ao contrário do que era noticiado pela imprensa brasileira, o presidente Bolsonaro se encontrou com o presidente francês Emmanuel Macron, a quem sinalizou que o Brasil permanecerá no Acordo Climático de Paris, e a quem convidou a visitar o Brasil e sobrevoar a amazônia, para conferir in loco que a questão do desmatamento não é tão alarmante quanto se pensa na Europa. Bolsonaro também se encontrou com a chanceler alemã Angela Merkel, a quem disse que existe uma psicose ambientalista em relação ao Brasil.

O presidente Bolsonaro também teve encontro com o presidente americano Donald Trump, com quem conversou a respeito de novas sanções contra Cuba e Venezuela e sobre a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Bolsonaro também presidiu um encontro entre os líderes dos BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, onde evitou polemizar com o presidente russo Vladimir Putin quando tratou do problema venezuelano. E o presidente também manteve encontros com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad Bin Salman, com o primeiro ministro de Singapura Lee Hsien-Loong, com o presidente do Banco Mundial David Malpass e com o Secretário-Geral da OCDE José Ángel Gurría Treviño, que se mostrou animado com a candidatura do Brasil à uma vaga na organização.

No final, o presidente Bolsonaro acabou se mostrando pragmático, surpreendendo a todos os que duvidavam de seu desempenho perante a comunidade internacional. O presidente mostrou mais desenvoltura, comedimento nas horas certas, e mostrou ao mundo uma nova imagem do Brasil, a imagem de um país sério e comprometido com o crescimento sustentável, com a democracia, com o respeito às leis e o combate à corrupção e à criminalidade. Um novo tempo se iniciou para a diplomacia brasileira!

Plenária do G20

Líderes dos BRICS
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)

Presidente Jair Bolsonaro e o anfitrião, o Primeiro Ministro do Japão Shinzo Abe

Presidente Bolsonaro e o presidente americano Donald Trump

Presidente Jair Bolsonaro e o presidente chinês Xi Jinping

Presidente Jair Bolsonaro e o presidente russo Vladimir Putin

Presidente Jair Bolsonaro e o Primeiro Ministro da Índia Narendra Modi

Presidente Jair Bolsonaro e o príncipe-herdeiro da Arábia Saudita Mohammad Bin Salman

Presidente francês Emmanuel Macron e o presidente Jair Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro e o Primeiro Ministro de Singapura Lee Hsien-Loong

Presidente Jair Bolsonaro e o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa

Presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Banco Mundial David Malpass

Presidente Jair Bolsonaro e o Secretário-Geral da OCDE José Ángel Gurría Treviño

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A prisão de Roberto Jefferson

Sejam Bem-vindos!

A demissão de Sérgio Moro