Adolescência primeiro, gravidez depois!



Sob o slogan Adolescência primeiro, gravidez depois, e numa parceria entre os ministérios da Saúde e da Mulher, Família e Direitos Humanos, o governo federal lançou no último dia 4 de fevereiro uma campanha para combater a gravidez na adolescência. Segundo foi divulgado pelo governo, a campanha visa promover a reflexão e a conscientização do tema entre os jovens e as famílias, e deve ser somada às atuais políticas públicas relacionadas à gravidez e à sexualidade.

Ao contrário do que a mídia andou espalhando por aí, o governo não pretende impedir os jovens de se relacionar sexualmente. O objetivo do governo é promover um debate para que os jovens estejam mais conscientes das consequências de uma vida sexual precoce, antes de iniciá-la. O sexo é bom, mas sua prática requer responsabilidade, pois tem consequências. A decisão final será de cada indivíduo.

Todos sabemos o quanto a gravidez precoce pode ser prejudicial, principalmente para as mulheres jovens. Muitas são obrigadas, diante da situação, a interromper os estudos e a adiar a entrada no mercado de trabalho. Uma gravidez precoce pode interromper muitos sonhos, além de colocar em risco, em muitos casos, a vida da própria adolescente, pois estão se tornando cada vez mais comuns os casos de gravidez em meninas cada vez mais novas, cujo corpo ainda não está totalmente desenvolvido ao ponto de suportar uma gestação.

Além disso, em muitos casos existe o casamento forçado entre os jovens, que acabam constituindo uma nova família sem ter a menor condição para isso, tanto do ponto de vista psicológico, como financeiro. E existem ainda os casos em que a jovem sequer sabe quem é o pai da criança que está sendo gestada!

A questão da gravidez na adolescência é um assunto delicado, pois está diretamente ligado a outro tema de difícil abordagem, que é a educação sexual. Eu sou contra o ensino sexual nas escolas. A meu ver, as escolas devem se limitar ao ensino das questões biológicas e de saúde que estão ligadas a este tema. Mas a discussão da vida sexual em si, e o aconselhamento, deve ser feita em casa, pelos pais ou responsáveis. E aqui nós esbarramos num grande problema! Muitos dos pais de adolescentes de hoje não possuem condições de educar e orientar os seus filhos quanto a estas questões tão importantes. Isto se deve em boa medida às políticas públicas de educação e saúde adotadas nos últimos anos!

A doutrinação esquerdista é responsável pela destruição de conceitos e valores morais e religiosos que no passado contribuíam para a formação do caráter das pessoas, e que se refletiam nas famílias. A liberação sexual, a sexualização cada vez mais precoce das crianças e jovens, promovidas pela cultura de massa, como novelas, filmes e músicas, somada às políticas públicas de facilitação da obtenção de preservativos, de pílulas anticoncepcionais e até pílulas do dia seguinte, promoveram o aumento exponencial no número de jovens e adolescentes (e até crianças) com vida sexual ativa. Ninguém usa esta palavra, mas o que a esquerda promoveu foi a promiscuidade, que resulta não apenas em casos de gravidez precoce, como em casos de doenças sexualmente transmissíveis.

A esquerda promove a sexualização das pessoas como uma forma de liberdade. Mas é uma liberdade falsa! Se uma jovem engravida de forma precoce, para a esquerda a solução é legalizar o aborto. Esses militantes não admitem a possibilidade de conscientizar os jovens para que se previnam, caso resolvam ter relações sexuais, que não podem apenas resultar em gravidez, mas também em doenças sexualmente transmissíveis. Por isso eles atacaram de forma vil a ministra Damares Alves, dizendo aos quatro ventos que a ministra quer impedir os jovens de transar e que o governo prega a abstinência sexual! Este nunca foi o propósito do governo! A canalhice destes militantes esquerdistas não tem tamanho! Em nenhum momento se preocupam de verdade com a vida das pessoas a quem doutrinam!

Outro ponto importante que faz com que o tema seja delicado, é a questão moral. Não é possível tratar da sexualidade sem tratar dos aspectos morais e religiosos. E não é difícil constatar que boa parte dos problemas envolvendo a sexualidade do povo brasileiro hoje, são resultado direto da deterioração dos valores morais e religiosos promovidos pela doutrinação esquerdista ocorrida nas últimas décadas. Eu não acho correto tratar da sexualidade de forma separada, sem considerar os valores morais e religiosos. Como exemplo, posso citar a banalização do valor da virgindade entre as mulheres. Se antes, casar-se de vestido branco, como sinal de pureza e castidade, era algo comum e valorizado, hoje ainda se usa o branco, mas esta cor já não representa o mesmo conceito. Hoje virgindade virou caretice!

Eu acredito que o Estado não deve interferir na vida das pessoas e nem deve direcionar as nossas ações. Como já mencionei, acredito que a sexualidade é um tema que deve ser debatido dentro de cada lar, e os pais devem ser responsáveis pela educação e orientação sexual de seus filhos. Neste caso, apoio a iniciativa do governo, pois acredito que não é invasiva e nem pretende tomar o lugar dos pais na educação sexual dos adolescentes, ao contrário, o governo está fornecendo subsídios para que as famílias promovam a orientação de seus filhos. Este é o papel do governo: fornecer os instrumentos e as informações para que as próprias pessoas possam agir! Um governo que age no lugar do indivíduo tira a liberdade deste! O povo não pode ficar de braços cruzados esperando o governo resolver todos os problemas! O povo não pode ser dependente do Estado a este ponto! Por isso apoio o trabalho que vem sendo realizado pelo governo Bolsonaro e pela ministra Damares Alves, que com este projeto, permitirá que as famílias tenham informações e se conscientizem da necessidade de conversar com os jovens a respeito de um tema tão importante!

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