O Brasil e a Economia de Livre Mercado
Já estamos em dezembro, o que significa que o primeiro ano de governo do presidente Jair Bolsonaro está chegando ao fim. Este artigo não é para fazer uma retrospectiva, mas para tratar de outros aspectos que podemos constatar neste momento da nossa história. Estamos vivenciando, entre várias, duas situações que ilustram bem o fato que o Brasil hoje é um país bem diferente daquele que Bolsonaro recebeu em 1º de janeiro. Me refiro aos debates acalorados a respeito da alta nos preços da carne bovina e a questão do câmbio. São dois temas que tem gerado certa histeria entre as pessoas desavisadas, e principalmente entre os esquerdistas.
Hoje a imprensa divulgou com bastante alarde um tuíte do presidente americano Donald Trump, no qual diz considerar a desvalorização do real uma medida desleal e prejudicial aos agricultores americanos e que, por conta disto, pretende voltar a taxar o aço e o alumínio brasileiro exportado aos Estados Unidos.
É óbvio que com a desvalorização sofrida pelo Real, nossos produtos ficam mais competitivos no exterior, e o setor agropecuário é um dos maiores beneficiados. A questão do câmbio, que já causa preocupação nos Estados Unidos, é um dos fatores que explica a alta dos preços da carne bovina, devido ao aumento da demanda interna, causada pela recuperação econômica, e pela alta da exportação de carne para a China, que enfrenta problemas sanitários com seu rebanho suíno, levando os consumidores chineses a trocar o consumo de carne de porco pelo de carne bovina.
Para quem acompanha a economia, os movimentos do câmbio e dos preços da carne bovina são movimentos absolutamente normais. No caso do câmbio, o Brasil adota o sistema de câmbio flutuante, onde o dólar, assim como qualquer outro produto negociado no mercado, tem seu valor definido através da oferta e da procura. Ao contrário do que a mensagem de Trump tenta passar, a desvalorização do Real frente ao Dólar não se deve a uma política monetária intencional, ao contrário, é reflexo da livre negociação das moedas, que leva em conta fatores externos e internos do Brasil para definir os preços. Sabemos que a recente decisão do STF envolvendo a questão da prisão em segunda instância gerou insegurança jurídica nos investidores, o que influenciou nos preços da cotação do Dólar frente ao Real. A decisão de Trump é protecionista e eleitoreira, e o governo brasileiro deve estudar a melhor maneira de lidar com as medidas anunciadas, caso de fato venham a se concretizar.
O mesmo acontece com relação ao preço da carne bovina. O aumento abrupto da demanda, principalmente da demanda externa puxada pela China, provocou um aumento nos preços. Aqui novamente vemos a Lei da Oferta e da Procura em ação: quando a procura de determinado produto aumenta a demanda, diminuindo a oferta, os preços tendem a se elevar. Ao contrário, se a oferta aumenta devido a uma queda da demanda, os preços tendem a diminuir para estimular a procura. São regras naturais do funcionamento do livre mercado.
Onde quero chegar? Pela primeira vez em muito tempo (talvez em toda nossa história) o Brasil tem deixado a sua economia funcionar da maneira correta, com o Mercado definindo os preços, tanto de produtos como a carne bovina, como de moedas. Isto, ao contrário de ser um fator alarmante, deveria ser enxergado por todos como um fator de alegria e alento, pois nosso governo pela primeira vez está atuando como um governo sério, sem o prejudicial intervencionismo tão presente até poucos anos atrás. Pela primeira vez, nossa economia está funcionando da mesma maneira que funciona em países desenvolvidos e de primeiro mundo.
Agora, cabe ao povo brasileiro aprender a viver em um país com uma economia forte e regida pelo livre mercado. O brasileiro, além de aprender a exercer o seu papel político, agora precisa também aprender qual é o seu papel na economia, como consumidor. Ninguém é obrigado a comprar um produto que esteja com o preço muito alto. Substituindo os produtos ou pesquisando preços antes de comprar, ajuda a determinar como a oferta e a procura vai se comportar, influenciando diretamente nos preços. O que não pode acontecer de forma alguma é as pessoas pedirem a intervenção do governo nos preços. Isto só deve acontecer quando houver comprovado abuso por parte dos empresários, e quando manipulações ilegais estiverem impedindo que Lei da Oferta e da Procura funcione da maneira correta. A intervenção estatal deve se limitar a retirar os entraves que impedem o livre funcionamento do Mercado, deixando nas mãos dos consumidores a responsabilidade de vigiar os preços e só comprar quando realmente os preços forem justos.
Sei que muitos acharão que o que eu estou pedindo é difícil e até parece utópico, mas garanto que não é. É assim que as coisas funcionam em todos os países desenvolvidos. Ainda não entendemos isto porque fomos condicionados durante anos a depender do Estado para regular a economia. Um exemplo claro desta dependência aconteceu no ano passado, quando os caminhoneiros entraram em greve e o governo teve que tabelar o valor do frete. Em qualquer país desenvolvido isto é algo impensável. O valor do frete deve ser negociado de forma livre entre os caminhoneiros e aqueles que pretendem usar o serviço. Nossa economia tem muitas distorções a serem corrigidas, e os casos que citei envolvendo o preço da carne e a cotação do Dólar nos mostram que estamos seguindo no rumo correto.
Por isso não podemos cair na conversa fiada da esquerda e dos opositores ao governo Bolsonaro, que tentam pintar o caos econômico, quando na verdade pela primeira vez a economia de livre mercado está funcionando no Brasil. Temos juros baixos, altas reservas internacionais, inflação abaixo da meta, retomada do crescimento econômico e diminuição do desemprego. E isto é um mérito do governo Bolsonaro, através do Ministério da Economia, do Banco Central e demais ministérios.
O mundo não está acostumado a um Brasil que funciona. Se acostumaram a ver o Brasil como um país periférico, bom apenas para se ganhar dinheiro com a especulação financeira, por causa dos juros altos. Agora terão que se acostumar com um Brasil que oferece ótimas oportunidades para aqueles que querem investir em produção e trabalho, e também terão que se acostumar com o fato de que somos uma grande potência que despertou e que vai ocupar o seu lugar no mundo! Ainda temos muito trabalho pela frente, mas os primeiros passos foram dados e já mostram resultados. Vamos acompanhar com atenção os próximos acontecimentos!
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