Banco Central reduz a Selic para 4,5% ao ano!

Sede do Banco Central do Brasil, Brasília/DF

Em sua última reunião do ano de 2019, realizada no último dia 11, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central decidiu reduzir a taxa Selic de 5% para 4,5% ao ano. A redução foi decidida por unanimidade pelos membros do Comitê e já era esperada pela maioria dos analistas do mercado financeiro. Mais uma vez o Banco Central quebra um recorde, ao adotar a taxa de juros mais baixa da série histórica.

Muitas pessoas reclamam que os juros não estão caindo para os serviços financeiros dos bancos, tais como os juros do cheque especial, dos financiamentos e empréstimos. Temos que compreender que a taxa Selic é taxa de juros básica da economia, que determina a remuneração dos títulos do governo, por exemplo, e a rolagem da dívida pública. No caso dos juros cobrados pelos bancos privados, o governo não determina quais taxas devem ser aplicadas, ficando a cargo de cada instituição determiná-las. Neste caso, é a concorrência de mercado que determina a queda das taxas, quando os correntistas passarem a buscar os serviços dos bancos que tenham as menores taxas.

Nesse sentido, a Caixa Econômica Federal, banco estatal, tem feito um ótimo trabalho, ao tomar a iniciativa de jogar para baixo as taxas de juros cobradas nos financiamentos imobiliários, para 6,5% ao ano, forçando o setor bancário a um movimento semelhante.

É importante também entendermos o que significa uma taxa de juros tão baixa. Ao contrário do que queriam os governos esquerdistas, que queriam baixar a taxa de juros na canetada, esta queda da taxa Selic é o resultado de uma série de medidas de austeridade e de saneamento das contas públicas. A mais importante delas foi a aprovação da Reforma da Previdência, que fez com que a dívida pública deixasse de ter uma trajetória de alta no médio e longo prazo, o que acabaria levando o país a uma situação de insolvência. O dinheiro é um produto como qualquer outro e sendo um produto também tem um preço. E este preço é o juros cobrado pelo mercado. E o risco, assim como a lei da oferta e da procura, determinam a demanda e consequentemente o preço do dinheiro, ou melhor dizendo, os juros cobrados de quem precisa dele.

Por esta razão devemos entender que em uma economia de mercado séria, as coisas não se resolvem na marra, na base de bravatas ou canetadas. São necessárias atitudes concretas mostrando àqueles que tem dinheiro que o mercado brasileiro é seguro para eles e para o seu patrimônio. Afinal ninguém quer emprestar ou investir dinheiro correndo o risco de não recebê-lo de volta!

O Brasil apresenta um crescimento econômico sustentável, baseado no investimento privado, o que traz confiança aos investidores internos e externos. A taxa de juros baixa desestimula o investimento especulativo, fazendo com que este tipo de capital saia do país em busca de mercados mais atraentes, o que resultou na recente flutuação na cotação do dólar frente ao real. Ou fazendo com que o capital especulativo se transforme em capital produtivo, migrando dos fundos de investimentos para a Bolsa de Valores, ajudando a financiar as empresas brasileiras através da compra das suas ações. Este movimento também ajuda a derrubar os juros dos financiamentos bancários, pois passa a ser mais fácil e vantajoso para as empresas obter financiamento via oferta de ações na Bolsa de Valores, do que via bancos.

Outro aspecto positivo que podemos perceber com a queda dos juros é que o valor dos juros pagos pelo governo para a rolagem da dívida pública diminui drasticamente, permitindo uma economia de bilhões de reais que poderão ser usados de forma mais útil para a sociedade brasileira.

É importante salientar que não sabemos por quanto tempo a taxa de juros poderá permanecer neste patamar, ou se cairá mais ou se subirá. Tudo depende do comportamento da economia daqui para a frente, da aprovação das próximas reformas (Administrativa e Tributária) e do comportamento da taxa de inflação. Vale lembrar que a taxa de juros é a principal ferramenta de política monetária do Banco Central para controlar a inflação. No momento, os preços estão sob controle, e não há pressão inflacionária que possa causar preocupação, mesmo com os recentes aumentos no preço da carne bovina.

Tudo indica que a economia brasileira está num novo patamar de maturidade, e eu espero sinceramente que seja verdade. Finalmente parece que estamos vendo a luz no fim do túnel, mostrando que estamos trilhando o caminho correto e que o governo do presidente Jair Bolsonaro, a despeito das críticas que recebe diariamente dos pessimistas de plantão, está tomando as medidas econômicas corretas, que nenhum outro governante teve a coragem de tomar. Como gosta de dizer o ministro Tarcísio, o Brasil já deu certo!

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