A histeria em torno do SUS!
Todos nós testemunhamos a recente polêmica envolvendo o Decreto 10.530, que permitia que o Ministério da Economia realizasse estudos de viabilidade para a inclusão das Unidades Básicas de Saúde (UBS), no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Este programa, que é ligado à Presidência da República, tem o objetivo de viabilizar privatizações de empresas estatais e também de buscar parcerias com a iniciativa privada, para a atuação conjunta em determinadas áreas. Diferente do que foi alardeado de forma histérica pela mídia e pela esquerda, o governo não estava propondo a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), já que as UBS são integrantes do SUS. O real objetivo do decreto era permitir estudos de viabilidade, para que o governo pudesse avaliar a parceria do Estado com a iniciativa privada, com o objetivo de concluir as UBS e as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) que estão com suas obras inacabadas por falta de recursos.
Diante da celeuma provocada pela oposição e pela mídia vendida, o presidente Jair Bolsonaro resolveu revogar o decreto, e informou por meio de sua live semanal, que deverá editar um novo decreto. A meu ver, a revogação era desnecessária, já que o teor do decreto era bastante claro e não deixava margem para interpretações dúbias! O que houve foi má-fé, tanto da imprensa, como da oposição, que se aproveitou do fato de se tratar de um tema que está provocando fortes reações emocionais nas pessoas, que é a saúde, neste momento de pandemia. Foi uma clara falha de comunicação do governo! Ver artistas e celebridades defendendo o SUS, quando sabemos bem que eles nunca botaram os pés em uma das suas unidades, sempre recorrendo à iniciativa privada quando precisam de tratamento médico, foi a comprovação cabal de que cinismo e mau caratismo não tem limites no Brasil!
Mas diante desta situação, devemos nos fazer a seguinte pergunta: se fosse verdadeira a intenção de privatizar o SUS, isto seria bom ou ruim?
Em primeiro lugar, quero deixar claro que sou totalmente favorável às privatizações e à diminuição do tamanho do Estado. Acredito que o governo deve limitar sua atuação a áreas onde ele realmente é necessário, e a área da saúde é uma delas. Principalmente porque somos um país de grandes desigualdades sociais, e não poderíamos simplesmente abandonar as pessoas à própria sorte. De fato, acredito que o Estado deve trabalhar para que todos possam ter as mesmas oportunidades, e isto inclui a questão da saúde. Portanto, não vejo com maus olhos a existência de um sistema de saúde que proporcione atendimento médico a todos os cidadãos.
Mas aqui há um ponto importante a ser destacado: ao contrário do que muitos imaginam, não há atendimento médico gratuito no SUS! Todos nós ajudamos a financiar o sistema, através do dinheiro dos nossos impostos. Portanto, se você, leitor, defende a existência do SUS, porque acredita que todos devem ter assistência médica gratuita, você está enganado! Como dizem, "Não existe almoço grátis"! A conta é sempre paga por alguém, e neste caso, somos nós que a pagamos!
Por isso, acredito que a discussão não deve ser sobre o direito das pessoas ter acesso a um sistema médico que satisfaça as suas necessidades. Este direito já é legalmente garantido. O problema é o serviço que recebemos do Estado em troca dos nossos impostos. E aqui faço outras perguntas: Que diferença faz sermos atendidos pelo Estado ou pela iniciativa privada, se é o mesmo dinheiro dos nossos impostos que pagará a conta? Neste caso, não é a qualidade do serviço prestado a nós, que importa?
Acredito que todos nós concordamos que pagamos muitos impostos e que por isso, merecemos receber de volta serviços públicos de qualidade, não apenas na área da saúde! Se parte das Unidades Básicas de Saúde forem administradas pela iniciativa privada, isto não significa que o acesso à saúde será restringido. As pessoas continuarão a ter o mesmo acesso aos serviços, que tinham antes! A diferença é que toda a gestão e manutenção da estrutura hospitalar e o gerenciamento do pessoal, deixarão de ser responsabilidade do Estado e passará a ser responsabilidade da iniciativa privada. Ao Estado caberá pagar pelos serviços prestados à população, que terá acesso a um serviço de melhor qualidade, sem as falhas graves que vemos nos serviços de saúde pública atuais.
Portanto, amigos, permitir que a iniciativa privada passe a administrar parte das unidades do SUS não é nenhum problema, nem o fim do mundo alardeado pelos alarmistas da imprensa e da esquerda! Permitir que a iniciativa privada atue neste setor, não apenas significará a melhora nos serviços prestados à população, mas também significará que o dinheiro dos nossos impostos estará sendo melhor aplicado! Como podemos ser contra uma medida assim?
Enfim, diante do fato de que não existe nada grátis, e que somos nós os pagadores das contas, nada melhor que ter o nosso dinheiro bem aplicado, nos proporcionando um serviço de saúde decente, e que cumpra com a sua real finalidade! O SUS não existe para proporcionar saúde de graça, mas existe para universalizar o acesso à saúde! Pensem nisso!
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