4 anos de blog: breves reflexões

 

Ontem, 2 de janeiro de 2023, este blog completou quatro anos de existência. Iniciei esta jornada escrita no momento em que Jair Bolsonaro assumia a Presidência da República, em janeiro de 2019, respaldado pelos votos de mais de 57 milhões de brasileiros.

Durante este tempo tentei, mesmo com todas as dificuldades que enfrentei no caminho, registrar as minhas opiniões acerca dos assuntos cotidianos, principalmente os relacionados à política nacional, que passou por uma reviravolta com o despertar cívico da população e com o primeiro governo conservador em décadas.

Assim como milhões de brasileiros, me senti politicamente representado pela primeira vez e tive a oportunidade de ajudar a defender os nossos valores, combatendo tudo de ruim que foi implantado ao longo de anos pelos governos de esquerda.

Apesar da maior participação popular na vida política do país, o despertar cívico dos brasileiros não foi suficiente para subjugar o sistema podre mantido pelo establishment, que conseguiu manter o status quo mesmo com o presidente Bolsonaro à frente do governo. A velha estrutura estatal entranhada pelos militantes de esquerda conseguiu impedir que o presidente governasse de fato e implementasse as políticas públicas que faziam parte do projeto político que venceu as eleições em 2018.

Passamos os últimos quatro anos sendo irresponsavelmente acusados de ser fascistas, de querer implantar uma ditadura através de um golpe. Mesmo passados os anos e terminado o mandato de Bolsonaro sem que qualquer ato concreto fosse tomado contra a Constituição, a democracia, as instituições de estado ou as liberdades individuais, inclusive dos nossos críticos e opositores, ainda somos obrigados a ouvir esta velha narrativa esquerdista que nos acusa daquilo que eles sempre defenderam. Afinal são os esquerdistas que defendem medidas que culminarão na ditadura do proletariado, um regime que na prática só serve para escravizar o povo em favor de uma elite política cujo único objetivo é tomar e se manter no poder, custe o que custar.

Foram quatro anos com muitas vitórias obtidas mas a maior delas acabou não vindo. Jair Bolsonaro se tornou o primeiro presidente a não conseguir se reeleger desde que a reeleição passou a ser permitida pela lei. E isto só ocorreu por uma movimentação e ações intensas de membros das instituições aparelhadas e dos agentes políticos a serviço do velho e podre establishment.

É preciso que se diga com todas as letras que o presidente Bolsonaro não foi reeleito pela vontade popular manifestada nas urnas. Ninguém intelectualmente honesto pode afirmar que o pleito de 2022 ocorreu de forma transparente e oferecendo aos eleitores toda a segurança necessária para que pudéssemos acreditar no resultado apresentado pela apuração das urnas. O resultado apresentado pelas urnas não refletiu a vontade popular vista nas ruas.

Todos vimos os graves indícios de que o processo eleitoral sofreu interferências indevidas que lhe retiraram toda a credibilidade. Além disso, o resultado apresentado pelo pleito não corresponde com o que pôde ser visto nas ruas do país, com um candidato sem apoio e que sequer podia sair às ruas sem ser hostilizado supostamente recebendo mais votos do que o candidato mais popular dos últimos tempos, que arrastou multidões por onde passou e que recebeu (e ainda recebe) o apoio espontâneo de milhões de pessoas. Além disso, o presidente Bolsonaro conseguiu eleger a maioria dos candidatos que apoiou, seja para governos estaduais, seja para o Congresso Nacional.  Algo claramente não está batendo.

Se nos quatro anos passados procurei registrar minhas opiniões acerca principalmente dos bons projetos do governo Bolsonaro, de agora em diante seguirei firme como mais um dos vigilantes que estarão atentos às ações do novo governo e pretendo ser crítico em relação a tudo o que for feito e que prejudique a população, mesmo que venha com um verniz de coisa boa.

Nós já temos consciência política madura o suficiente para não nos deixar enganar por projetos e medidas que na teoria nos prometem o céu mas na prática trazem o inferno para as nossas vidas. As primeiras medidas adotadas pelo novo governo já dão uma amostra do que virá pela frente.

Teremos muitas lutas e batalhas pela frente e não será fácil testemunhar o trabalho e esforço de quatro anos ser destruído por pessoas que já se mostraram competentes para executar planos malignos e que só prejudicam o povo e o país em nome de um projeto de poder que beneficia a poucos.

Não vamos nos deixar enganar. Estaremos atentos. Estaremos atuantes, mesmo sob o risco que qualquer brasileiro que defende a verdadeira democracia e o verdadeiro estado de direito corre hoje no Brasil. A ditadura que se instalou no país fará as suas vítimas mas não poderemos nos deixar subjugar por ela por mais riscos que existam à nossa liberdade e à nossa própria vida.

Este será o tom daqui pra frente. Pretendo me manter ativo na militância política, que é a forma com a qual posso contribuir civicamente para a construção de uma sociedade melhor. Serei mais um soldado na luta da direita e dos conservadores na defesa dos valores que são tão caros à maioria dos brasileiros. Sei que não será fácil mas farei o meu trabalho de formiguinha junto a milhares de outras formigas e tenho a certeza que no final o trabalho conjunto gerará bons frutos.

Agradeço a todos que me acompanharam até aqui e conto com vocês para seguirmos juntos nesta nova jornada que se inicia.

Que Deus nos abençoe e proteja!