A Ditadura de Dória

 


Desde que se iniciou a maldita pandemia de Covid-19, muitos dos nossos governantes tem se mostrado especialistas em complicar aquilo que, por natureza, já é difícil. Enfrentar uma pandemia causada por um vírus até então desconhecido não é tarefa simples, e nunca foi, mas algumas pessoas conseguem piorar a situação. Num momento em que os interesses, e principalmente, a saúde e a sobrevivência da população deveriam estar em primeiro lugar, muitos políticos brasileiros deixaram aflorar a sua verdadeira natureza, interesseira, capaz de pensar apenas em ganhos políticos e projetos de poder. Mesmo sendo um momento delicado para a nossa sociedade, políticos como o governador do estado de São Paulo, João Dória, possuídos por um egoísmo sem medida, e por uma desfaçatez desavergonhada, estão se aproveitando desta calamidade sanitária para ganhar projeção política, dinheiro e poder.

João Dória, que se apresenta como um defensor da "ciência", tem agido diariamente, desde o início da pandemia, como um verdadeiro ditador. Passa por cima de instituições como o Ministério da Saúde e a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e quer impor à população paulista, além de quarentenas e restrições ao trabalho, aos direito de ir e vir e de reunião, uma vacinação forçada, usando para isso uma vacina fabricada pelo país onde a pandemia se originou, e que não possui sua eficácia e a sua segurança devidamente comprovadas.

Sob o pretexto de "salvar vidas", Dória já importou milhões de doses de uma vacina que sequer teve sua pesquisa e os seus testes concluídos. Também não há o necessário registro na ANVISA, sem o qual nenhum medicamento pode ser utilizado no país. Além disso, recentemente foi revelado que a Sinovac, a empresa chinesa responsável pela pesquisa e desenvolvimento da vacina Coronavac, subornou autoridades sanitárias chinesas, com o objetivo de conseguir a aprovação e o registro de medicamentos. Se a China, país responsável por permitir que o coronavírus se espalhasse, não merece confiança, por seus ganhos suspeitos com suprimentos hospitalares e insumos médicos, merece ainda menos confiança um laboratório que suborna autoridades. Além disso, a China não é confiável quanto à veracidade das informações que divulga, sejam sobre a Covid-19, sejam sobre outros assuntos.

A condução de Dória tem sido desastrosa, prejudicando a saúde, a economia, e sufocando cada dia mais o cidadão paulista.  Vivemos em um regime democrático, e é por isso que não podemos aceitar calados as medidas autoritárias adotadas por Dória. Em nome da sua própria "ciência", quer proibir as pessoas de comemorarem o Natal, mesmo em suas próprias casas, num autoritarismo que não vimos nem mesmo durante o regime militar.

Este governador precisa ser parado. Ele já ultrapassou todos os limites, com medidas que a cidadania e a democracia não são mais capazes de tolerar. É imprescindível que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, através de seus deputados, coloque um freio nesta situação. E é ainda mais imprescindível que a população paulista se manifeste nas ruas e que pressione os deputados estaduais, para que medidas sejam tomadas contra o autoritarismo deste governador, que desde a posse tem traído sistematicamente a confiança do povo paulista, sempre colocando os seus interesses políticos pessoais acima dos interesses do estado de São Paulo e de seus cidadãos.

Temos que lutar, mas não apenas no ambiente virtual. Já somos fortes nas redes sociais, prova disso são as tentativas de vários políticos e ministros supremos, de tentar intimidar e calar o ativismo virtual. Precisamos agora, desenvolver o mesmo ativismo na vida real, nas ruas, pois é na vida real que a democracia acontece, bem como é na vida real também que as medidas autoritárias são tomadas e implementadas. Se nos mantivermos apenas na luta virtual, passaremos a ter uma liberdade apenas virtual. Na vida real, viveremos numa ditadura, e as redes serão apenas o nosso paraíso pessoal, onde viveremos uma falsa liberdade!

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